Tuesday, March 22, 2005

«Hasta siempre Comandante»

Não foi em homenagem ao ídolo guerrilheiro desaparecido em 67 mas apenas para almoçar servido pelo D. Celestino que herdou a Casa Fandiño que se viaja hoje por Allariz. Desta vez foi necessário esperar para depois fazer as pazes a bem. O caldo galego, o polvo à feira e o cabrito não têm igual. O Martín Codax e o Hacienda Monasterio na altura também não. E mais coisas ainda vieram. De sobremesa vieram castanhas em molho de laranja (e esta?), pudim da casa e tarte de queijo no forno. Até os licores de ervas fabricados na antiga farmácia da rua ao lado da praça valeriam a viagem. Esperemos voltar antes que passe mais um ano, como desta vez.

Monday, March 14, 2005

You may be lucky but you have to be good

É a regra da vida. Dá muito trabalho ter sorte.

Sunday, March 13, 2005

O paraíso não está a Sul

Sete horas, todos os jornais e uma pilha de revistas depois, cá estou outra vez. Já só faltam mais dezassete. Com o céu descoberto, vi os Atlas, o Sahara e outros desertos, li sobre o optimismo e o pessimismo, a mulher do Tony Carreira (a sério!), o Sideways, dez cidades a visitar em Espanha nesta Páscoa, o novíssimo mini iPod, a Eva Herzigova, as comendas femininas atribuidas pelo Presidente e ainda a moderna fractura digital nas economias subdesenvolvidas. Parece que três quartos da população mundial já vive em zonas cobertas por redes telefónicas móveis. O pôr do sol à medida que se aproxima o destino por cima das nuvens trouxe a saudade de uma visita às regiões setentrionais do globo e a vontade de procurar uma aurora boreal nas terras altas da Escócia ou nas costas escandinavas.

Thursday, March 10, 2005

A lista

À volta de uma lampreia na Tasca do João perdoaram-se afinal as vezes sem conta (192?) que foi necesário dar a volta ao tacho para encontrar e distribuir os últimos pedaços da dita. Por alguns referenciado como o Papa pela sua autoridade na receita do Minho, faz desde há muitos anos o arroz como ninguém. Menos pública é a sua atitude para com o Mourinho. Mas no que toca ao prato que o celebrizou, ninguém o condenará como a Sócrates. Depois de nos explicar que já não havia mais, olhou à volta e pensou que tinha sido mal empregue o verde tinto. Também não sairia da boca dele o mote grotesco inspirado na aguardente envelhecida da mesa do lado: «Para aqui não entram caceteiros nem se receita tomar xanax». Lá estaremos para confirmar.

Wednesday, March 02, 2005

- 4º

E meia hora de atraso. Depois das reuniões, alguém me meteu dentro do Palácio de Exposições. Um senhor grande com um cartão de Berlim até me ofereceu um carro em miniatura. Dois ingleses mais novos vestidos de igual comentaram comigo a estrutura do carro, os calendários de produção, as opções possíveis e até ajudaram a escolher as combinações de cores, insistindo para a visita à fábrica, a uma hora de Manchester, para a configuração final. Desde o emerald black ao black saphire, com diferentes interiores mais claros ou mais escuros, fica-se a saber que já não há cores simples nem chega dizer que se quer um metalizado de tal. Também já não há brochuras nem catálogos. Vem tudo em CD. As meninas ainda não são em formato digital.