Tuesday, October 18, 2005

A capital

De regresso, as luzes de toda a zona metropolitana da capital espalham-se até aonde a vista alcança. Na última edição da Wine Spectator, um bom sumário de como provar vinhos. E a referência à magna feira de vinhos que terá lugar neste fim de semana em Nova Iorque, com as melhores casas de vinhos do mundo e mais umas centenas do melhor que há. Não volto a perder uma ocasião destas. Aqui tão perto, e regresso já amanhã. No Hotel, a mesma rotina, com o acolhedor e desta vez mais caloroso «Welcome back again, boss».

Sunday, October 16, 2005

Blackened Fish

Este pode ser dos sítios mais feios por onde tenho passado. Só por obrigação se repete a visita. Tudo é enorme e a imensidão de todos os espaços perde-se de vista. A entrada e zona social do Hotel pede meças a um pavilhão gimnodesportivo. Em vez de um Portugal dos Pequeninos, os Americanos têm no Texas várias Américas dos Grandes. Surpreendentemente, o blackened red fish do Golfo do México que o Pappas Seafood serve é dos melhores peixes que por fora tenho comido. Já para não falar dos caranguejos de carapaça mole fritos por inteiro.

Saturday, October 15, 2005

The Mall

Caminhar pelo Mall entre os celebrantes do 10º aniversário da Million Men March foi mais excitante do que visitar a exposição de 18 casas com aproveitamento de energia solar que competiam por um prémio de eficiência energética em frente ao Museu de História Natural. Ganhou a casa desenhada pela Universidade do Colorado, numa mistura de desenho pouco habitável mas muito poupador de energia eléctrica. A casa da Universidade Complutense de Madrid era bastante mais interessante na concepção, com um pátio deslizante que dava para «comerse unas pipas» no Verão. Também a da Universidade de Maryland que propunha uma estética irreprensível e muito habitável, longe do conceito de contentor forrado a paineis solares de muitas outras. Para concluir o dia, e sem eficiência energética, a confirmação de que o «The Palm» ainda é um sítio onde se deve ir para comer um excelente rib eye steak e onde as lagostas do Maine nos pratos dos comensais vizinhos sabem tão bem ou melhor que as nossas.

The Rules

Não há nada como um dia inteiro por cima do Atlântico para questionar as regras da dieta. E ainda se queixam de que não há posts novos. Ora quem conheça o serviço da British Airways sabe que a resposta mais difícil à pergunta sobre se se quer queijo ou sobremesa não é dizer «ambos» mas sim «não, obrigado». Quanto à leitura, o recente best-seller «The Rules of Work» prova que a diferença se faz cada vez melhor no capítulo do marketing - senão, como pode um livro que pede aos leitores que nunca revelem tê-lo lido ser um dos mais vendidos do momento? As bolachas de manteiga de bordo também não faziam parte das regras, mas lá tiveram que ir. O Hotel está renovado e cada vez melhor. A chave do quarto é logo entregue pelo Porteiro com o habitual «Welcome back, sir», para poupar demoras. Ainda bem, já era hora de ir ao Clyde´s comer uma steak salad. «No dressing, please». E haverá alguém que me grave o jogo de logo à noite?

Friday, October 07, 2005

A titularidade

Já deu volta à cidade. Na reunião de hoje, comunicaram-me que se tinham esquecido de verificar a titularidade. A não repetir. Demorou três meses, mas chegou cá. As notícias circulam - porque acabam onde começaram - mas não muito depressa. A espera para um avião de substituição fez-se devagar. A chave para o mesmo quarto do hotel vale para 24 horas, até que chegue o novo avião. Não tem nome. Mas está registado, diz o pessoal. O que interessa mesmo é a titularidade.

Thursday, October 06, 2005

O Feitiço

Era um jogo histórico. E para a viagem levaram águas, alimentos, lençois e almofadas, com medo de alguns pós para perturbar o sono. Falava-se ainda na necessidade de ser utilizado o telefone vermelho. Mas por cima de todos os medos, vinha o do feitiço. Maior ainda do que os que deviam ter depois de saber que as viagens dos melhores jogadores da equipa adversária tinham sido pagas pelos rivais directos para o apuramento.

Tuesday, October 04, 2005

A vingança

«Era só disto que queriam falar?» Afinal, não. Ainda havia tema para mais uma conversa grande, como quem não quer a coisa. E os documentos viriam logo a seguir, o mais depressa possível. Meia hora depois, confirmava-se o envio por telefone. Iriam ser já entregues no hotel. Não foram. Foi preciso esperar que o sono fosse profundo, às 5 e meia em ponto, para que da recepção um empregado insistisse em ter a minha assinatura a comprovar o recibo da entrega. Já nem liguei, por cá tudo pode sempre acontecer. E era bem feito, estava vingado o suposto desprezo. Por mim, ainda agora tenho também os documentos por abrir. Bem feito também. Tudo porque com toda a probabilidade o empregado se esqueceu da entrega urgente na própria hora e deve ter decidido ir entregar o mais cedo possível em vez de dizer ao patrão...